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domingo, 6 de fevereiro de 2011

DICAS DE PRIMEIROS SOCORROS

PRIMEIROS SOCORROS

DEFINIÇÃO : São os primeiros procedimentos efetuados a uma pessoa cujo estado físico coloca em risco a sua própria vida.
SOCORRISTA : É toda pessoa capacitada, ou não, disposta a prestar atendimento emergencial às vítimas, quer seja de mal clínico ou traumático.
1- SINAIS VITAIS :São todos os sinais que indicam a existência de vida, e pelos quais podemos ter a noção do estado geral da vítima.
SINAL : É aquele parâmetro de vida que o socorrista afere através do ver, ouvir e sentir, tais como os movimentos respiratórios e a temperatura corporal.
SINTOMA : Aquilo que o paciente relata sobre si, tais como, náuseas, dores, falta de sensação, etc.
2 - TEMPERATURA CORPORAL :É a quantidade de calor existente em um corpo.
CLASSIFICA-SE EM:
HIPOTERMIA - Temperatura abaixo do valor normal. Nestes casos devem-se aquecer o paciente com cobertores, agasalhos e outras medidas.
HIPERTERMIA - Aumento brusco da temperatura corporal acima da normal. O paciente é colocado em locais frios, com compressas frias, ingestão de líquidos e outras medidas.

TERMO TÉCNICO AVALIAÇÃO

NORMOTERMIA 36 à 37 º C
FEBRÍCULA OU ESTADO FEBRIL 37,1 a 37,5 º C
FEBRE 37,5 a 39
PIREXIA 39,1 a 40
HIPERPIREXIA Acima de 40 º C
3 - PRESSÃO ARTERIAL: (P.A.)É a pressão que o sangue exerce nas paredes internas das artérias.
1.3.1 - VALORES CONSIDERADOS NORMAIS EM UMA PESSOA
•  PRESSÃO SISTÓLICA OU PRESSÃO MÁXIMA : por volta de 90 a 140 mmhg
•  PRESSÃO DIASTÓLICA OU PRESSÃO MÍNIMA : por volta de 60 a 90 mmhg
•  PRESSÃO MÉDIA : por volta de 120 X 80 mmhg.
1.3.2 - ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE AFETAM A P. A.
•  AUMENTA a P.A (hipertensão ): alimentação, medo, ansiedade, exercícios físicos, dor, drogas e entre outros.
•  DIMINUI a P. A ( hipotensão ) : repouso, depressão, Jejum e entre outros.
4 - PULSO:
É a ondulação produzida pela força do sangue contra as paredes das artérias, induzida pela sístole e diástole: movimentos do coração.
TERMO TÉCNICO
AVALIAÇÃO
BATIMENTOS P/ MINUTOS
 
 
NORMAL
HOMENS
60 a 100
MULHERES
70 a 90
CRIANÇAS
100 a 120
RECÉM NASCIDOS
120 a 140
NASCITUROS
140 a 160
 
TAQUICARDIA
 
MOVIMENTO RÁPIDO
 
BRADICARDIA
 
MOVIMENTO LENTO
 
DICRÓTICO
 
IMPRESSÃO DE DOIS BATIMENTOS
 
FILIFORME
 
FRACO E DE DIFÍCIL CONTAGEM
5 - RESPIRAÇÃO:
Processo pelo qual o organismo absorve oxigênio do meio ambiente e elimina o gás carbônico, resultante da troca gasosa (hematose).
TERMO TÉCNICO
AVALIAÇÃO
 
EUPNÉIA
 
MOV. NORMAL ( 12 A 20 MRPM)
 
DISPNÉIA
 
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA
 
TAQUIPNÉIA
 
MOV. ACELERADO
 
BRADIPNÉIA
 
MOV. LENTO
 
ORTOPNÉIA
 
DIF. EM RESPIRAR DEITADO
 
CUS MAUL
 
AGONIZANTE
 
CHEYNE STOKES
 
IRREGULAR C/ PERÍODO DE APNÉIA
 
APNÉIA
 
AUSÊNCIA DA RESPIRAÇÃO
6- REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR ( RCP)
PARADA CADÍACA - É a parada do bombeamento do coração, ou quando o músculo cardíaco, em condições de debilidade, não se contrai e não se distende com a força necessária para assegurar a quantidade suficiente de sangue à circulação.
6.1 - POSSÍVEIS CAUSAS:
  1. - Cardíacas (fibrilação ventricular, assistolia ventricular);
  2. - Asfixia (afogamento, intoxicação por CO2 ou medicamentosas);
  3. - Traumatismo Crânio Encefálico -TCE, Traumatismo Raquimedular- TRM;
  4. - Obstrução das vias aéreas;
  5. - Estrangulamento;
  6. - hemorragias graves e outras enfermidades.
6.2 - SINAIS E SINTOMAS:
  1. - Perda imediata da consciência;
  2. - Ausência de pulsos (débil ou filiforme)
  3. - Ausência de sons cardíacos audíveis;
  4. - Ausência da respiração
  5. - Dilatação das pupilas;
  6. - Palidez e cianose;
  7. - Morte aparente ou morte definitiva.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)
1- VERIFICAÇÃO DO PULSO / RESPIRAÇÃO / VENTILAÇÃO
1 º PASSO: Extensão do pescoço
2 º PASSO: Ausculte a respiração por 15s
3 º PASSO: Veja a expansão do tórax
4 º PASSO: Apalpe o pulso carotídeo por 15s
 
2- INSUFLAÇÕES
5 º PASSO: Ventile com duas insuflações
 
3- MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA (MCE)
6 º PASSO: Localize o ponto de MCE acima do Apêndice Xifóide
7 º PASSO: Posicione as mãos sobre o tórax
8 º PASSO: Faça a compressão: 02 INSUFLAÇÕES x 30 COMPRESSÕES
9 º PASSO: Verifique o pulso carotídeo a cada 60 segundos
CUIDADOS DECORRENTES
 

SITUAÇÃO

 

PROVIDÊNCIAS

1- VENTILAÇÃO
Verificar a obstrução das vias aéreas
2- ATENDIMENTO
A vítima deverá estar sobre uma superfície plana e firme
3- MEMBROS
Os membros inferiores deverão ser elevados a 45°
7- DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
ASFIXIA - É a interrupção dos movimentos respiratórios e/ou entrada de ar respirável.
ALGUMAS CAUSAS QUE PROPICIAM UMA PARADA RESPIRATÓRIA
•  OBSTRUÇÃO DA PASSAGEM DE AR:
•  Corpo estranho;
•  Afogamento;
•  Estrangulamento;
•  Soterramento;
•  Pela língua.
•  GASES TÓXICOS ( fumaça, gases dos motores)
•  INTERFERÊNCIA NA FUNÇÃO DO CENTRO RESPIRATÓRIO
•  Choque elétrico;
•  Venenos;
•  Doenças;
•  Ferimentos na cabeça ou no aparelho respiratório.
DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
MANOBRAS DE HEIMLICH
1- VÍTIMA EM PÉ - INICIAL
1 º PASSO: Abordar a vítima pelas costas
2 º PASSO: Posicionar a mão fechada abaixo Apêndice Xifóide
3 º PASSO: Colocar a mão oposta sobre a primeira
4 º PASSO: Fazer quatro compressões firmes
 
2- VÍTIMA EM PÉ - ALTERNATIVO
5 º PASSO: Apoiar o queixo com o braço sob as aquixilas
6 º PASSO: Curvar a vítima para frente
7 º PASSO: Dar quatro tapas nas costas entre as escápulas
 
3- VÍTIMA DEITADA
8 º PASSO: Colocar a vítima em decúbito dorsal
9 º PASSO: Extensão do pescoço
10 º PASSO: Ventile com duas insuflações
11 º PASSO: Posicionar-se sobre o abdômen
12 º PASSO: Comprimir o abdômen
13 º PASSO: Verificar o corpo estranho nas vias aéreas
 
4- VÍTIMA EM DECÚBITO LATERAL
14 º PASSO: Colocar a vítima em decúbito lateral
15 º PASSO: Dar quatro tapas nas costas da vítima entre as escápulas
16 º PASSO: Verificar o corpo estranho nas vias aéreas
CUIDADOS DECORRENTES
SITUAÇÃO
PROVIDÊNCIAS
1- INCONCIÊNCIA
A cada 60s realizar duas insuflações
2- CORPO ESTRANHO
Observar a presença de corpo estranho nas vias aéreas
8 - AFOGAMENTO
Acidente causado pela obstrução das vias aéreas por meio líquido, podendo ser provocada pela inundação das vias aéreas ou por fechamento da glote, resultando em uma asfixia.
SINAIS E SINTOMAS
Nervosismo, taquicardia, tremores, palidez, náuseas, vômitos, cianose, midríase, parada cardíaca e/ou respiratória.
CLASSIFICAÇÃO DO AFOGAMENTO
- QUANTO AO TIPO
- SÊCO
- ÁGUA DOCE
- ÁGUA SALGADA
- QUANTO A CAUSA DO AFOGAMENTO
•  PRIMÁRIO- não existe indício de causa determinante.
•  SECUNDÁRIO- existe indício de causa determinante
•  QUANTO A GRAVIDADE DO AFOGAMENTO
TIPO
PROCEDIMENTO
 
GRAU I OU BENÍGNO
Colocar a vítima em repouso e aquecê-la, tranquilizar a mesma.
 
 
GRAU II OU MODERADO
Colocar a vítima em repouso, aquecê-la, tranqüilizá-la, se dispor colocar um cateter nasal de O2 a 5 l/m, encaminha-la ao médico.
 
GRAU III OU GRAVE
DVA (manobra de Heimlich) cateter nasal de 5 l/m, aquecê-la, tranquiliza-la, encaminha-la ao atendimento médico.
 
 
GRAU IV OU GRAVISSÍMO
DVA (manobra de Heimlich), ventilação artificial em parada respiratória, RCP se em parada completa, aquecê-la, tranquiliza-la, encaminha-la o mais rápido ao atendimento especializado.
9- ELETROCUSSÃO
São acidentes causados por contatos com eletricidade que podem levar a vítima a uma parada cardíaca e/ou paralisação da respiração, por contração dos músculos responsáveis pela mesma, ocasionando queimaduras locais de limites bem definidos ou de grande extensão.
A gravidade de um acidente vai depender da intensidade da corrente, do caminho percorrido no corpo, e da resistência do mesmo. A morte ocorre por asfixia, pelo fato dos músculos torácicos contraírem-se instantaneamente. Pode ocorrer também a interrupção da circulação sangüínea, sendo necessária a aplicação de MCE. 
PROCEDIMENTOS:
•  Procurar saber a tensão da rede;
•  Desligar a rede elétrica;
•  Retirar o acidentado usando madeira seca, cinto de couro, tecido forte, etc.
•  Avaliar as condições da vítima seguindo os seguintes exames:
•  Pulmão (respiração);
•  Coração (necessidade de RCP);
•  Sistema Nervoso ( consciente, paralisia);
•  Pele (queimaduras);
•  Fraturas (resultante da contração dos músculos);
•  Sinais Vitais (observá-los durante o transporte).
10 - HEMORRAGIAS
Termo técnico usado para definir sangramento, ou seja, o derramamento de sangue do seu leito normal (artérias/veias), para dentro ou fora do corpo humano.
SINAIS E SINTOMAS:
•  Sudorese;
•  Cianose nas extremidades;
•  Cianose pálida (expressão cadavérica)
•  Midríase;
•  Apatia;
•  Sede, se consciente;
•  Taquicardia;
•  Hipotensão;
•  Formigamento (dormência).
TRATAMENTO
•  Pressão direta;
•  Curativo compressivo;
•  Elevação do membro se a hemorragia for nos membros;
•  Pressão direta na artéria proximal;
CUIDADOS ADICIONAIS
•  Proteger a vítima contra o estado de choque, mantendo-a aquecida;
•  Limpar o ferimento antes de efetivar a Hemostasia;
•  Usar luvas de procedimento descartáveis;
•  No caso do curativo compressivo não retirar a primeira gaze, mesmo que esteja ensopada de sangue;
•  Se necessário for, usar as três técnicas de tratamento junta para conter a hemorragia;
PONTOS DE COMPRESSÃO:
Pulsos temporal, carotídeo, femoral, poplíteo, radial e tibial.
11- QUEIMADURAS
São lesões causadas por diferentes agentes externos de gravidade variável desde lesões leves a lesões extensas e profundas que podem colocar em risco a vida da vítima.
Profundidade da lesão: Existem vários graus de profundidade em uma mesma lesão. Depende das camadas da pele afetada.
1º GRAU
. Local afetado - Epiderme;
. Agente mais comum - sol;
. Pele avermelhada e seca com dor leve e moderada.
2º GRAU
. Local afetado - derme (camada média);
. Agente mais comum - líquidos aquecidos;
. Bolhas e dor moderada a severa.
3º GRAU
. Local afetado - Hipoderme (camada profunda);
. Agente mais comum - contato direto com eletricidade ou chama;
. Pele esbranquiçada ou carbonizada e ausência de dor (por ter queimado as terminações nervosas).
PROCEDIMENTOS
  1. - Se a vitima estiver em chamas, procure enrolá-la com um cobertor para apagar o fogo;
  1. - Mantenha o cobertor úmido;
  1. - Não ponha manteiga, creme dental ou outras substancia gordurosas na área afetada;
  1. - Não fure bolhas e evite tocar na área afetada;
  1. - Não puxe as vestes grudadas no corpo da vitima;
  1. - Transportar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.

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